“Na correria da vida doméstica de todos os dias, como você pode comunicar seus filhos que está realmente ouvindo o que dizem?
Primeiro, pare o que estiver fazendo. Resmungar ‘ã-hã’ enquanto continua a ler o jornal não é ouvir. Mas fazer uma pausa em sua atividade significa: ‘Você é mais importante para mim do que qualquer outra coisa’.
Segundo, incline-se até o nível de seu filho, olhe nos seus olhos e sorria. O contato visual e o sorriso dizem: ‘Eu me importo com você’.
Terceiro, faça comentários apropriados. Responder àquilo que a criança diz comunica: ‘Suas ideias são importantes e vale a pena ouvi-las’.”
Extraído de HABENICHT, Donna. Como ajudar seu filho a amar Jesus, Tauí, CASA PUBLICADORA BRASILEIRA, 2011, primeira edição , página 11
Um dos maiores problemas de comunicação, tanto a de massas como a interpessoal, é o decomo o receptor, ou seja, o outro, ouve o que o emissor, ou seja, a pessoa, falou. Raras, raríssimas, são as pessoas que procuram ouvir exatamente o que a outra está dizendo.
Diante desse quadro venho desenvolvendo uma série de observações:
1) Em geral não se ouve o que o outro fala: ouve-se o que ele não está dizendo.
2) Não se ouve o que o outro fala: ouve-se o que se quer ouvir.
3) Não se ouve o que o outro fala. Ouve-se o que já escutara antes e o que se acostumou a ouvir.
4) Não se ouve o que o outro fala. Ouve-se o que se imagina que o outro ia falar.
5) Numa discussão, em geral, não se ouve o que o outro fala. Ouve-se quase que só o que se pensa para dizer em seguida.
6) Não se ouve o que o outro fala. Ouve-se o que se gostaria que o outro dissesse.
7) Não se ouve o que o outro fala. Ouve-se apenas o que se está sentindo.
8) Não se ouve o que o outro fala. Ouve-se o que já se pensava a respeito daquilo que o outro está falando.
9) Não se ouve o que o outro está falando. Retira-se da fala dele apenas as partes que tenham a ver consigo.
10) Não se ouve o que o outro fala. Ouve-se o que confirme ou rejeite o seu próprio pensamento. Ou seja, transforma-se o que o outro está falando em objeto de concordância ou discordância.
11) Não se ouve o que o outro está falando. Ouve-se o que possa se adaptar ao impulso de amor, raiva ou ódio que já sentia por quem está a falar.
12) Não se ouve o que o outro fala. Ouve-se da fala dele apenas os pontos que possam fazer sentido para as idéias e pontos de vista que no momento nos estejam influenciando ou tocando mais diretamente.
Ouviu?
Extraído de http://www.atribunanews.com.br/news.php?newsid=10429
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